domingo, 17 de abril de 2005

REDESCOBRINDO O ENTUSIASMO

O entusiasmo nos protege dos derrotistas e pessimistas de plantão que vêem com alegria apenas o que é triste.

Em breve, esta coluna estará completando quatro anos e entre os diversos temas que abordei, sobre um em especial sempre fiquei tentado a escrever, devido a sua força e apelo do seu significado e importância nas vidas de todos nós. Estou falando do entusiasmo. Sempre procurei ter o cuidado de não “escrever por escrever”, pois este é um tema como disse, muito especial e é necessário além de palavras e frases adequadas, incorporar o próprio entusiasmo de forma que o texto final imprima o sentido que a mensagem pretende ter.

Você conhece pessoas que são um verdadeiro dínamo e vivem irradiando energia para todos os lados. Conhece igualmente outras tantas que dão a impressão que mesmo “empurradas”, nada lhes demove do local ou do seu desanimado estado de espírito. Há é claro as que não se situam nem em uma nem em outra posição, vivendo ali numa zona de certa neutralidade com relação a esse aspecto. E você em qual situação se enquadraria?

O entusiasmo tem o poder de nos tornar pessoas mais leves e motivadas, mais felizes e convictas sobre o porvir. Ajuda também a eliminar a “carranca” que às vezes insistimos em manter em nossa face. Permite que nos sociabilizemos pelo nosso lado mais agradável e não o mais difícil. Ajuda a manter a própria motivação nos mantendo com um padrão mental positivo, anulando pensamentos negativos. O entusiasmo nos protege inclusive daqueles derrotistas e pessimistas de plantão que vêem com alegria apenas o que é triste.

Pode parecer óbvio, mas, o entusiasmo (como tantos outros sentimentos e situações na vida), também é algo que se pratique. Sempre existirão situações difíceis e que tendem a desafiar a nossa fé. Mas é exatamente em momentos assim que devemos perceber que aquilo que acreditamos está sendo colocado a prova. Em tese, portanto, as dificuldades do dia a dia deveriam servir para reforçar nossas convicções e não para derrubá-las. O que vemos acontecer na prática é diferente: desistimos ou desanimamos com facilidade ante a menor e mais simples intempérie ou contra-tempo.

E do que então é feito o entusiasmo? Que outros sentimentos podem socorrer, restabelecer e dar suporte a esta fonte de vitalidade? Não se acanhe em convocar a motivação, o otimismo, a fé, a alegria, a tenacidade, a paciência e a perseverança, a disciplina e acima de tudo o trabalho. Redescubra e proteja o seu entusiasmo.

Agindo assim você não dará chances a sentimentos baixos, reconhecidamente inimigos do êxito, da felicidade e do sucesso. Pense nisso e até a próxima.

Antônio Carlos Rodrigues

domingo, 10 de abril de 2005

INSISTIR, PERSISTIR E DESISTIR

“Somos muitas vezes preguiçosos e oportunamente seletivos com nossa tenacidade”.

Diante de certas questões da vida, quem já não se perguntou: “Por que estou insistindo tanto nisso, se parece não estar valendo a pena...”. Mesmo com tal reflexão, não é raro perceber que estamos lá... Novamente tentando e persistindo uma vez mais, para apenas muitas vezes depois e com significativo custo e sofrimento, ter êxito ou desistir.

Se tivermos êxito na questão, até que conseguimos “esquecer” o quanto essa conquista nos foi eventualmente difícil ou complicada, apesar de ser exatamente isso que vai conferir um gosto especial ao ganho. Mas, se por outro lado, não temos êxito, mesmo depois de tanto insistir, a frustração e o gostinho de decepção são proporcionalmente amargos e assim como o êxito, a derrota serve para nos lembrar que provavelmente insistimos demasiado e deveríamos ter desistido antes...

Pensando assim, então como decidir ou acertar sobre quando e quanto devemos insistir, quando e quanto devemos persistir ou ainda em que momento devemos desistir de alguma coisa ou de lutar por algo? Esta, não é uma questão fácil de responder, até por que nela reside o sucesso ou fracasso de muita gente. Afinal, aquelas que insistirem em pontos mais acertados da sua vida e desistirem de outros tantos, são as pessoas que mais terão tornado sua vida mais útil e produtiva.

De toda forma, uma verdade é eterna: Somos muitas vezes preguiçosos e oportunamente seletivos com nossa tenacidade. Aplicamo-nos tempo demais em coisas que nem sempre se revelarão boas para nós e desistimos fácil, fácil de outras que seriam importantes e nas quais deveríamos nos aplicar com vigor, tudo em função do nosso senso de urgência e imediatismo que nos fazem ter pressa na hora errada.

Toda questão em que o resultado demore um pouco mais a ser sentido, podendo ter seu efeito percebido em longo prazo, faz com que desanimemos ou releguemos a questão ao segundo plano, sem tanta prioridade assim. Isso tudo, mesmo sabendo o quanto determinada situação possa ser importante. Quer um ver um exemplo bem comum: nosso relacionamento com o dinheiro. É difícil guardar algum recurso, mesmo quando se pode. Preferimos (insistir) em gastar de forma (e na quantia) errada, quando deveríamos nos disciplinar e poupar seja para a aquisição futura de algum bem, seja para os dias de contingência (e acreditem, eles chegam...).

Enfim, não penso que exista algum segredo, fórmula mágica ou receita para descobrirmos qual a decisão totalmente correta. Mas acredito, sim, que podemos desenvolver uma sensibilidade que ao menos nos permita perceber que estamos no caminho correto, sem esse incômodo senso de perda de tempo.
Pense nisso e seja feliz!

Antônio Carlos Rodrigues

domingo, 3 de abril de 2005

OS INDIVÍDUOS, AS EQUIPES E O ATENDIMENTO

"A pressa ou as nossas fragilidades nos condicionam a escolher sempre o caminho mais curto...”


Muito já se falou sobre atendimento e sobre a importância de se encantar os clientes, tanto para conquista-los, quanto mantê-los (felizes) no seu relacionamento com a empresa. Inclusive, essa necessidade de qualificação de colaboradores, sempre rendeu (e renderá) muito dinheiro às empresas de consultoria, palestrantes e consultores independentes. Isto porque nunca se deve para de ensinar, treinar e doutrinar, seja aos novos colaboradores ou na reciclagem dos mais experientes.

Ocorre que em função da alta demanda e dos relativos desesperos em manter uma equipe “afinada”, muitos se esquecem de detalhes importantes, como, por exemplo, a estrutura e as condições mínimas necessárias e/ou ainda naturalidade e a originalidade com a qual aquilo que foi aprendido deve ser aplicado.

Empresas investem muito, consultores ganham muito e mesmo após tanto trabalho, os fatores causadores dos problemas sequer são levados em consideração. Um exemplo simples dessa situação é aquele diretor que acredita que sua equipe pode melhorar muito o atendimento, mas não faz nenhum esforço para tratar bem sua própria equipe, tratando-a sem a consideração devida e exigindo demais, muito mais do que proporciona. Como poderá querer um clima de trabalho e colaboração adequados? Ou seja, o problema maior está muito mais neste diretor, do que em qualquer membro da equipe.

A pressa que temos ou as nossas fragilidades nos condicionam a escolher sempre o caminho mais curto ao optar por soluções mais simples, para os problemas que temos, mesmo que estas sejam superficiais. Esse é um erro grave, até por quê os problemas aparentemente solucionados, tendem por vezes a se revelar como questões bem mais complicadas e difíceis de resolver mais a frente.

Caso você seja o gestor de uma equipe preocupe-se mais com cada pessoa que a compõe. Conheça mais as características individuais de cada um administre melhor o conjunto. Toda equipe tem uma identidade e características coletivas que não podemos esquecer: são a soma dos pensamentos e atitudes de cada um. Numa equipe, jamais se permita ser o componente que gera instabilidade , principalmente se você for o gestor.

Os colaboradores de uma empresa precisam acreditar na empresa e naquilo que dizem seus gestores. E os gestores por sua vez, precisam apoiar seus colaboradores no sentido de incentiva-os permitindo um bom ambiente, propício ao bom exercício dos trabalhos. Só assim será possível que o atendimento interno e externo seja de qualidade e só assim os clientes também acreditarão nesta empresa e depositarão nela confiança necessária para consumir seus produtos. Pense nisso e até a próxima.


Antônio Carlos Rodrigues