segunda-feira, 17 de dezembro de 2001

COMO ANDA SUA VITRINE?

Quando passamos em frente as diversas lojas, às vezes, temos nosso olhar capturado por algumas vitrines que nos chamam a atenção mais do que outras. Produtos, cores, luzes, formas e até sons procuram ser merecedoras do nosso tempo. Com esse chamariz tradicional, as lojas procuram seduzir e nos convencer a consumir os seus produtos.

O fato de nos encantarmos com algumas vitrines e com outras não, é resultado do trabalho de um profissional que admiro e que tem cada vez mais valor em um mercado onde a atenção do cliente vale muito: o Vitrinista. Ele, com seu conhecimento e experiência, arruma as peças de uma vitrine de modo que estejam não apenas expostas, mas que constituam uma mensagem e um convite para a entrada dos clientes nas lojas que tem procurado investir nesta comunicação “de porta”, responsável por grande parte da oportuna captação de clientes “distraídos”. A boa vitrine normalmente é aquela que consegue estar de acordo com a sensibilidade dos clientes.

Por isso mesmo, o bom vitrinista antes de executar seu trabalho deve estudar e compreender o perfil dos clientes com os quais pretende se comunicar, traçando o seu perfil e não se limitando a interpretar suas expectativas e preferências de forma genérica... Mas sim, de uma forma personalizada, quase “íntima”, fazendo com que o cliente se sinta convidado a entrar, consumir e se sentir verdadeiramente “em casa”.

Você concorda que uma vitrine tem esse poder? Ou vai dizer que nunca se sentiu quase impelido a entrar em uma loja, mesmo sem ter necessariamente nada em mente para comprar? Esse poder quase magnético é reservado às boas vitrines, montadas por vitrinistas profissionais que conseguem estabelecer sua comunicação na mesma amplitude dos sentidos e percepções dos clientes que deseja conquistar.

Certa vez, passei em frente a um lava rápido que tinha grandes vidraças que estavam extremamente sujas. Então pensei: como o dono deste lava rápido pode prometer limpar carros, se não consegue deixar a própria loja limpa?... Foi quando comparei a vida com uma vitrine. Como poderemos atrair a atenção de alguém, quem quer que seja, se nossa exposição não estiver a contento?

E quanto a você, como anda sua vitrine? Está cuidando bem dela ou será que ela está assim... Precisando de alguns cuidados, quem sabe talvez um polimento?

Por que não imaginar a nossa vida como uma “grande vitrine”? Nós, como “bons vitrinistas”, devemos procurar expor aquilo que temos de melhor, no tempo, ambiente, com as pessoas adequadas e da melhor maneira possível.

-Em família, devemos expor o carinho, o amor, o afeto, e a compreensão.
-No ambiente profissional, com colegas, clientes e fornecedores, devemos expor: responsabilidade, colaboração, competência, espírito de equipe, liderança, agilidade, capacidade de aprender e preparo e paciência viver sob pressão.
-Já no convívio social, devemos procurar expor nossa educação, respeito e humildade.

Precisamos nos habituar a de vez em quando, realizar essa “arrumação” em nossa “vitrine”. Agindo assim, desde que de forma natural e sincera, é provável que as mensagens que transmitimos façam com que a percepção das pessoas sobre nós seja bem mais positiva.
Pense nisso e boas vendas!

Antônio Carlos Rodrigues