domingo, 19 de agosto de 2001

COM QUE ROUPA EU VOU?

Essa pergunta às vezes se torna incômoda diante do guarda roupa. Principalmente quando estamos de saída para um compromisso. A preocupação com o tipo de roupa a ser utilizada é super importante, já que a aparência, é a maior responsável pela aprovação das pessoas nos contatos que mantemos.

Quando estamos trajados adequadamente, além de exercermos influência positiva nas outras pessoas, também nos sentimos bem, com o estado de espírito elevado. Os homens em relação às mulheres contam com menos opções em peças e acessórios, mas nem por isso tem sua tarefa facilitada na hora de se vestir.

Estar bem vestido, não é apenas uma questão estética. Na verdade, precisamos nos sentir inseridos em um contexto de pessoas e ambientes. O conjunto de tudo aquilo que representa a nossa imagem tem uma força comunicativa espetacular e pode dizer muito sobre nós. Daí ser tão representativo o quesito visual.

Existem alguns fatores interessantes, que podem ser fundamentais na escolha da roupa adequada. A aplicação destes cuidados de forma habitual poderá ser de grande auxílio ao seu dia a dia. Vejamos alguns deles:

• Ocasião – Qual o tipo de evento? Coquetel, casamento, aniversário, batizado, saída com amigos, velório, entrevista de emprego, reunião de negócios, churrasco... Enfim, cada tipo de evento, pede uma roupa.

• Horário – O compromisso será à noite, pela manhã, à tarde. Uma roupa belíssima pode se tornar inoportuna em determinados horários.

• Clima e temperatura - Está chovendo, fazendo frio, calor... O ambiente do evento é em ar refrigerado ou será ao ar livre?

• Tipo físico – Dependendo do tipo físico, certas roupas são proibitivas. Pessoas obesas não devem usar roupas listradas na horizontal. Isso aumenta ainda mais seu tamanho, assim como as pessoas muito magras, não devem usar roupas com listras verticais, pois ficarão ainda mais magras. É fundamental usar roupas que sejam harmoniosas com as formas do corpo.

• Idade – Pode não parecer importante, mas a idade é um quesito importantíssimo na escolha das roupas. Determinados tipos de roupa, por mais bonitos que possam ser, são destinados aos adolescentes. Não fica bem ser um senhor ou senhora e se vestir como “garotinho ou garotinha” só porque é moda. Esse descuido pode prejudicar e muito sua imagem.

• Cores, texturas e padrões – As cores e tons, o tipo de tecido e os padrões, devem constituir um conjunto e não “brigar” entre si. Um bom recurso é usar cores com tom sobre tom, onde as variações de uma mesma cor ajudam a compor uma boa apresentação.

• Acessórios – Os acessórios, constituem um capítulo importante no universo do bem vestir, pois podem tanto engrandecer, como diminuir uma pessoa se utilizados de forma indevida. Não exagerar é a ordem do dia.

Vale lembrar que as lojas a disposição atendem a todos os gostos e bolsos, no entanto na hora da escolha é importante usar o bom senso. Afinal, elegância não está à venda nas lojas. Sendo assim, os fatores listados acima, somente serão de verdadeira utilidade, se associados a posturas e atitudes elegantes e gentis. Isso sim pode fazer a grande diferença. Até mais e tenha uma boa semana.
Antônio Carlos Rodrigues

domingo, 12 de agosto de 2001

E POR FALAR EM TALENTO

Talento... Uma palavra tão pequena e ao mesmo tempo tão rica e de tão extenso significado. Embora tenha sinônimos, nenhum é seu substitutivo a altura. Dom, habilidade, competência, capacidade, conhecimento... Ou talvez a soma de tudo isso. As pessoas que o tem, são facilmente identificadas e reconhecidas. As pessoas que não se esforçam nenhum um pouco para tê-lo, também.

Sobre o talento, podemos dizer ainda que:

-Quando nascemos com ele, podemos chamá-lo de DOM;
-Quando o desenvolvemos, podemos chamá-lo de HABILIDADE;
-Quando o exercitamos, podemos chamá-lo de COMPETÊNCIA;
-Quando o cultivamos, podemos chamá-lo de CAPACIDADE;
-Quando o ensinamos, podemos chamá-lo de SABEDORIA e...
-Quando o buscamos em outras pessoas, podemos chamá-lo de HUMILDADE.

O talento independentemente da área nunca é auto-suficiente. Necessita estar associado à capacidade de exposição e transferência talento às outras pessoas. Certo dia, em uma reunião familiar, fui apresentado a um rapaz que além de tocar violão extremamente bem, também cumpunha e cantava de forma excelente. A qualidade inteligente e poética de suas composições deixou a todos impressionados. Talvez tivesse seus 18 ou 19 anos. Percebi seu incrível constrangimento ao receber os aplausos daquele pequeno público. Perguntei: Por que você não corre do seu espaço... Você canta toca e compõe muito bem... Precisa mostra esse talento a outras pessoas! Sua resposta: “Não posso, sou muito tímido...”. De fato, talento não combina com timidez.

O que as empresas e instituições mais querem e necessitam, são pessoas de talento na linha de frente ou em seu todo seu staff. Quanto o número de pessoas sob sua responsabilidade maior deverá ser o seu talento em diversos assuntos, principalmente a capacidade de lidar com pessoas e de todos os dias aprender com elas.

A diferença entre um profissional fraco, um bom profissional e um ótimo profissional, está na forma como cada um acredita e investe em seu talento, colocando-o a seu serviço. Pessoas de talento costumam se aplicar bem em tudo que fazem e por isso mesmo, tem maior facilidade de colher resultados práticos e em menor espaço de tempo. É necessário acompanhar a evolução a nossa volta.

Caso você queira desenvolver e ampliar seu talento em alguma área em especial, a melhor maneira de fazer isso, é procurando saber mais e mais sobre este assunto. Faça cursos, participe de palestras, seminários, feiras congressos e exposições. Compre livros e ainda fique atento ao noticiário sobre o assunto. Pesquise, procure também saber o nome dos especialistas e de que nesta área, de onde são, de que país. O mercado é

O talento é ainda divinamente democrático, pois pode estar presente em toda área ou segmento, não discrimina sexo, raça, credo religioso, idade ou cultura. Pode-se ter dinheiro, privilégios e talento... Dos três, o único fator verdadeiramente sólido e que ainda pode manter os outros dois, é o talento.

Antonio Carlos Rodrigues

domingo, 5 de agosto de 2001

DOIS PENSAMENTOS E UMA MESMA IDADE

A relação entre a nossa idade e nossas vivências, é algo curioso, pois Quase nunca estão em sincronismo. Enquanto medimos nossa idade com o tempo, dia após dia, noutro ponto, medimos nossa vivência de acordo com o desenvolvimento intelectual atingido, resultado direto dos conhecimentos e da sabedoria acumulados através de nossas experiências, que irão determinar a qualidade de nosso dia a dia em um futuro nem sempre tão distante. Como exemplo conto a seguir as histórias de Paulo e Débora, dois jovens com a mesma idade (cronológica) 18 anos, mas visão de vida muito divergente.

Paulo foi “muito bem” criado e sempre teve a sua disposição tudo o que quis. Acordava tarde e tinha preguiça para tudo. Aprendeu cedo que para ter o que queria era só chorar e pronto (às vezes, nem precisava). Seus pais tinham uma situação financeira definida e privilegiada. Eram donos de uma empresa bem sucedida. Os mais próximos consideraram “um milagre” ter conseguido terminar o 2o Grau, afinal o “menino” não estudava de jeito nenhum. Paulo foi crescendo neste ambiente de fartura e facilidades, não era habituado a ouvir a palavra não e mantinha um ar esnobe, só para fazer “um tipo”.

Débora, de origem pobre, sempre viveu com dificuldade, aprendeu cedo com seus pais que a vida deve ser encarada com muita luta e força de vontade. Sua força e obstinação vinham da sua vontade de querer mudar a realidade a sua volta. Após concluir o 2o grau com sacrifício, enfrentaria outro grande desafio: passar no vestibular para medicina da qual aprendeu a gostar ainda menina ao observar o trabalho comunitário de uma jovem médica que atendia seu bairro. Seu sonho era poder ter seu próprio consultório e ainda reservar tempo para atender comunidades carentes.

Paulo não se preocupava com nada e também não tinha pressa. Afinal pressa para quê... “Tudo estava tão bom...” Seus maiores interesses eram reunir-se com a “galera” na praia ou ser visto, de preferência no barzinho da moda. Ah! E não era só isso... Também se interessava muito por carros, motos e jet-skies. Quando entrou na faculdade, se decidiu por fazer direito, logo depois, mudou para engenharia e mais a frente parar de estudar. Preferiu trabalhar na empresa do pai. Assumiria o cargo de “Diretor de Marketing”, apesar dos seus conhecimentos de mercado não ultrapassarem os limites de sua mesa. Se já era esnobe, ganhou motivação maior para continuar a sê-lo, afinal era o “Diretor de Marketing” e ainda filho do dono. O que mais gostava de fazer na empresa era mandar servir café e dar ordens, além de (é claro), receber seus amigos em sua bela sala. Sua mesada virou um belo pró-labore...

Débora, por sua vez, estava lendo um interessante livro sobre Marketing Social. Ela queria exercer a medicina e desenvolver projetos comunitários. Por sempre ter lido muito, Débora, além de ter se tornado uma pessoa bastante esclarecida, desenvolveu uma excelente expressão verbal e contrariando as estatísticas (apesar das dificuldades), conseguiu se formar. Algum tempo depois, trabalhando num grande hospital, já tinha feito fama por ser muito carinhosa com todos, principalmente com os pacientes. Dentro de poucos anos, estava com seu consultório próprio e já tinha um orçamento que lhe permitia ajudar (e bem) aos seus pais. Era uma vitoriosa!

Quanto a Paulo, logo depois de ter assumido o Depto. de Marketing, a empresa entrou em sérias dificuldades e veio a falir. O pior é que as experiências de Paulo não lhe ajudariam muito. Ele ficou estagnado no tempo, não fez cursos e não procurou se desenvolver. Sua situação tinha ficado extremamente difícil e Paulo já não podia mais chorar. Um triste fim ou quem sabe um bom começo... Suas experiências constituem o seu maior patrimônio. Cuide para que sejam boas.

Antônio Carlos Rodrigues